Manoel Ciríaco Nascimento De Jesus ( Tata Lundiamungongo ) ( Raiz Tumba Junsara )

 

Mametu Tuenda Nzambi
 
Mametu Tuenda Nzambi, conhecida por Maria Neném, gaúcha, filha de Kavungu e sendo considerada a mais importante sacerdotiza do candomblé de Angola. Ela assumiu o cargo no Tombeisi em 1909. Maria Nenen, acolheu duas pessoas para serem iniciadas em sua Inzo. Um Ciriáco e o outro Bernardino. Após divergência entre os dois, cada um seguiu seu caminho saindo do Tombeisi. Ciriáco fundou o Tumba Junsara e Bernardino, o Bate Folha. Daí foram aparecendo ramificações das três raízes...

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Primeiros filhos iniciados no Bate Folha - Salvador BA! São sete azenza, os que fazem uso do Kelê...
Bate Folha- Salvador BA.... Em seu inicio!

Tata Kimbanda Kinunga – um angolano que aqui chegou e foi adotado pela família Barros Reis - recebendo o nome de Roberto de Barros Reis, fundou a raiz do Tombeisi por volta de 1850. Após seu falecimento a Inzo passou a ser comandada pela senhora Maria Genoveva do Bonfim (Mamétu Tuenda Nzambi), conhecida por Maria Neném, gaúcha, filha de Kavungo e sendo considerada a mais importante sacerdotisa do candomblé de Angola. Ela assumiu este cargo por volta dos anos 1909, falecendo em 1945.

Pelo que sei certa vez o caboclo de Bernardino virou e sentindo falta do irmão Ciriaco, foi até a casa do mesmo. Chegando lá, para saudar a Inzo cantou:

Aê Junsara...
Tumba Junsara como vai você..
Aê Junsara
Tumba Junsara eu vim de longe, só pra te ver aê.. aê..


FUNDADOR DO BATI FOLHAS

Manoel Bernardino da Paixão
Ampumandezu
FUNDADOR DO TUMBA JUNÇARA

Manoel Ciriáco Nascimento de Jesus
Tata Lundiamungongo

Origem do Bate Folha
 
Origem do Tumba Junçara
No ano de 1881, Salvador, Bahia, nasceu Manoel Bernardino da Paixão. Quando já contava 38 anos de idade, Bernardino foi iniciado na Nação do Congo pelo Muxikongo (designação dos naturais do Kongo), por Manoel Nkosi, sacerdote iniciado na África, recebendo então, a dijína de Ampumandezu. Depois da morte de Manoel Nkosi, Bernardino transferiu-se para a casa de sua amiga inseparável Maria Genoveva do Bonfim - Mam´etu Tuhenda Nzambi, mais conhecida como Maria Nenem, mãe do Angola na Bahia, onde tirou a Maku-a-Mvumbi (Mão do Morto). Maria Nenem era filha de santo de Roberto Barros Reis, escravo angolano, de propriedade da família Barros Reis, que lhe emprestou o nome pelo qual era conhecido. A cerimônia de Maku-a-Mvumbi, à qual Bernardino se submeteu em 13 de junho de 1910, coincidiu com a iniciação de Manoel Ciriáco de Jesus, nascido em 8 de agosto de 1892, também na Bahia, o que ocasionou a ligação estabelecida entre Bernardino e Ciriáco que, anos mais tarde, com o falecimento de seu irmão de santo mais velho, Manoel Kambambi, que na época tinha casa aberta na Bahia, Ciriáco sucedeu kambambi, no terreiro que hoje é conhecido por Tumba Junsara. Com o passar do tempo, Bernardino já muito famoso, fundou o Candomblé Bate-Folha, situado na Mata Escura, em Salvador, Bahia. O terreno onde está estabelecido o Candomblé, é cercado de árvores centenárias e considerado o maior terreiro do Brasil que, na época, foi presenteado à Bamburusema, seu segundo mukixi, já que o primeiro era Lemba. Desta forma fica claro que, pelas origens de Manoel Nkosi, o Bate-Folha é Congo e, mantém o Angola, por parte de Maria Nenem. Foi no dia 4 de dezembro de 1929 que Bernardino tirou seu primeiro barco, cujo Rianga (1º Filho da casa) foi João Correia de Mello, que também era de Lemba.
O Tumba Junçara foi fundado em 1919 em Acupe, na Rua Campo Grande, Santo Amaro da Purificação, Bahia, por dois irmãos de esteira cujos nomes eram: Manoel Rodrigues do Nascimento (dijina: Kambambe) e Manoel Ciriaco de Jesus (dijina: Ludyamungongo), ambos iniciados em 13 de junho de 1910 por Maria Genoveva do Bonfim, mais conhecida como Maria Nenem (Mam'etu Tuenda UnZambi, sua dijina), que era Mam'etu Riá N'Kisi do Terreiro Tumbensi, casa de Angola mais antiga da Bahia. Kambambe e Ludyamungongo tiveram Sinhá Badá como mãe-pequena e Tio Joaquim como pai-pequeno. O Tumba Junçara foi transferido para Pitanga, no mesmo município, e depois para o Beiru. Após algum tempo, foi novamente transferido, para a Ladeira do Pepino nº 70, e finalmente para Ladeira da Vila América, nº 2, Travessa nº 30, Avenida Vasco da Gama (que hoje se chama Vila Colombina) nº 30 - Vasco da Gama, Salvador, Bahia. Na época da fundação, os dois irmãos de esteira receberam de Sinhá Maria Nenem os cargos de Tata Kimbanda Kambambe e Tata Ludyamungongo. Manoel Ciriaco de Jesus fez muitas lideranças de várias casas, como Emiliana do Terreiro do Bogum, Mãe Menininha do Gantois, Ilê Babá Agboulá (Amoreiras), onde obteve cargos. Tata Nlundi ia Mungongo teve como seu primeiro filho de santo (rianga) Ricardino, cuja dijina era Angorense. No primeiro barco (recolhimento) de Tata Nlundi ia Mungongo, foram iniciados 06 azenza (plural de muzenza). Em sendo o seu primeiro barco, ele chamou o pessoal do Bogum para ajudar. Os 03 primeiros azenza do barco foram iniciados segundo os fundamentos do Bogun: Angorense (Mukisi Hongolo), Nanansi (Mukisi Nzumba) e Jijau (Mukisi Kavungu), os 03 outros azenza foram iniciados segundo os fundamentos do Tumba Junçara. No Rio de Janeiro, fundou, com o Sr. Deoclecio (dijina: Luemim), uma casa de culto em Vilar dos Teles (não se sabe a data da fundação nem a relação de pessoas iniciadas). Dentre as pessoas iniciadas, ainda existe, na Rua do Carmo, 34, Vilar dos Teles, uma delas, Tata Talagy,filho de Sr. Deoclecio Com a morte de Manoel Rodrigues do Nascimento (Kambambe), que assumira sozinho a direção do Tumba Junçara, Manoel Ciriaco de Jesus (Ludyamungongo) assumiu a direção até sua morte, a qual ocorreu em 4 de dezembro de 1965. Com a morte de Manoel Ciriaco de Jesus (Ludyamungongo), assumiu a direção do Tumba Junçara a Sra. Maria José de Jesus (Deré Lubidí), que foi responsável pelo ritual denominado Ntambi de Ciriaco, juntamente com o sr. Narciso Oliveira (Tata Senzala) e o sr. Nilton Marofá. Deré Lubidí era Mam'etu Riá N'Kisi do Ntumbensara, hoje situado à Rua Alto do Genipapeiro - Plataforma, Salvador, Bahia, e de responsabilidade do sr. Antonio Messias (Kajaungongo). Em 13 de dezembro de 1965, após o ritual de Ntambi, Maria José de Jesus (Deré Lubidí) passa a direção do Ntumbensara para Benedito Duarte (Tata Nzambangô) e Gregório da Cruz (Tata Lemboracimbe), e em ato secreto é empossada Mam'etu Riá N'Kisi do Tumba Junçara. Maria José de Jesus (Deré Lubidí), em 1924 recebeu o cargo de Kota Kamukenge do Tumba Junçara, e em 1932, o cargo de Mam'etu Riá N'Kisi. Em 1953 fundou o Ntumbensara, na Rua José Pititinga nº 10 - Cosme de Farias, Salvador, Bahia, que em 18 de outubro de 1964 foi transferido para o Alto do Genipapeiro. Com o falecimento de Deré Lubidí, assumiu a direção do Tumba Junçara a Sra. Iraildes Maria da Cunha (Mesoeji), nascida aos 26 de junho de 1953 e iniciada em 15 de novembro de 1953, permanecendo no cargo até o presente momento. Esta é uma síntese do histórico do Tumba Junçara, com agradecimento especial a Esmeraldo Emeterio de Santana Filho, "Tata Zingue Lunbondo", pelo referente histórico, e também a "Tata Quandiamdembu", Esmeraldo Emetério de Santana, o Sr. Benzinho, pois sem sua colaboração não poderíamos ter chegado a tais fatos.