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O ser babalawo,Agora vamos falar um pouco sobre o que é ser um babalawo e qual são suas funções na sociedade.
Por ser o pai dos mistérios da religião yorubá. Os babalawos participam de quase todas as cerimônias da comunidade, desde o nascimento até a morte; ele é o pai amigo, irmão, conselheiro, ele é quem sabe o destino de cada um, ele é o conhecedor de todos os mistérios dos orisas e ancestrais da vida e da morte . E le é o curandeiro, o médico, o farmacéutico e é ele quem determina os reis através da vontade de Olodumare e por intermédio de Orunmila.
O babalawo é quele com que você pode contar quando não tiver mais ninguém para ampará-lom, na casa do babalawo nunca vai lhe faltar comida ou bebida porque um das grandes compromissos que ele tem com Orunmila é respeitar e amparar nossos semelhantes, dando-lhes amor e compreesão com humildade e bom caráter.
Um babalawo não é iniciado por escolha e sim pelo destino traçado por Olodumare e confirmado através do Ifá na terra.
O Ifá nos ensina em seus versos não discutirmos e nem obrigamos ninguem a aceitar as nossas palavras ; a fé de que algum dia irão nos entender e se arrepender de seus atos.
Ser babalawo é ser sábio, mais não um sábio de instrução ou simplismente escoltática, mais é um sábio de instrução da vida pelo amor e carinho e compreenção.
Ser babalawo é ter sempre a mão estendida , com os olhos fechados.

( Texto Por : Everton Òdara )

Notícias aos visitantes

A iniciação de um Bàbáláwo não comporta a perda momentânea de consciência (a conhecida incorporação) que é comum na iniciação dos Òrìsàs.

Na iniciação de um Bàbáláwo não se trata de ressuscitar no inconsciente o eu perdido, correspondente à personalidade do ancestral divinizado.

A iniciação de um Bàbáláwo é totalmente intelectual. Ele terá de passar por um longo período de aprendizagem de conhecimentos precisos em que a memória é muito exigida e a incorporação é compreendida como além de desnecessária inadequada.

Galeria de fotos: Página inicial

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O babalawo ("pai ou senhor dos segredos")1 ou (pai, no conhecimento das coisas materiais e espirituais)2 é o porta-voz de Orunmilá. A iniciação de um babalawo não comporta a perda momentânea de consciência que acompanha as dos orixás. Não se trata de ressuscitar no inconsciente do babalawo o "eu perdido", correspondente à personalidade do ancestral divinizado. É uma iniciação totalmente intelectual. Ele terá de passar por um longo período de aprendizagem de conhecimentos precisos em que a memória, principalmente, entra em jogo. Precisa aprender uma quantidade enorme de histórias e de lendas antigas, classificadas nos duzentos e cinquenta e seis Odùs ou signos de Ifá, cujo conjunto forma uma espécie de enciclopédia oral dos conhecimentos tradicionais do povo de língua yoruba.

No Brasil

Com a vinda dos escravos para o Brasil, entre eles vieram alguns babalawos, mas não deixaram seguidores e a história de como o culto se perpetuou no país ainda não foi estudada em profundidade.

No entanto, temos conhecimento de muitos nomes: Martiniano Eliseu do Bonfim (1859-1943), também conhecido como Ojé L’adê, foi o grande precursor do retorno às raízes africanas e da busca de elementos capazes de fortificar as práticas religiosas dos negros ex-escravos. Considerado o "último Babalawo do Brasil" dos que vieram inicialmente.

O professor Júlio Braga analisa como esse processo de re-africanização das religiões afro-brasileiras na Bahia termina por reforçar o conceito de pureza nagô e alimentar o prestígio dos candomblés do povo de ketu, da nação yoruba. "O redescobrimento da África acontece inicialmente com Martiniano do Bonfim (como era mais conhecido) que vai em direção aos yorubas da Nigéria, com quem conviveu durante 11 anos", destaca no livro Na gamela do feitiço - repressão e resistência nos candomblés da Bahia.

Tendo por volta dos 14 anos de idade (aproximadamente em 1875), Martiniano Eliseu do Bonfim faz uma viagem com o pai à África e aí aperfeiçoa seu yoruba e inglês, que aprende numa escola de missionários ingleses. Quando volta ao Brasil, 11 anos depois, Martiniano já é um babalawo. "As leituras de Martiniano em Lagos sobre as tradições yorubas, além de vasto corpo de tradição oral, com que sem dúvida se familiarizara, é que lhe permitiram recriar os títulos de Obá de Xangô", conclui Braga.

Com a dispersão ocasionada pelo tráfico de escravos na África, diversos cultos praticamente desaparecem em seus locais de origem. Em 1886, o Ketu foi completamente destruído pelas guerras contra Abomey e o culto ao orixá Oxóssi, tão importante na Bahia, tornou-se aí praticamente esquecido.

Um comentário de Pierre Verger, citado por Mestre Didi, no livro Axé Opô Afonjá, dá conta da surpresa do rei de Osogbo ao presenciar um ritual para Oxum no Opó Afonjá. Ele "se mostrou impressionado pelo profundo conhecimento que ainda se tem na Bahia dos detalhes do ritual do culto àquela divindade", conta. O próprio título de Iyá Nassô de Mãe Senhora "é um posto destinado em Oyo, à sacerdotisa encarregada do culto a Xangô, no interior do Palácio do Àláàfin de Oyó", completa Mestre Didi, que era filho carnal de Mãe Senhora.

Rodolfo Martins de Andrade ou Bangboshê Obitikô era babalawo africano; Manuel Rodolfo Bangboshê Martins, o comerciante e traficante de escravos, segundo pesquisas indica ser a mesma pessoa. Leodovico, Joaquim Obitikô, Faustino Dada Adengi, antigo mestre Bojé, Felisberto Sowzer, conhecido como (Benzinho), filho de Maria Julia Andrade Sowzer, criado em Lagos, veio para o Brasil com o sobrenome Sowzer (corruptela de Souza) e foi um dos mais famosos babalawos no Brasil.

Na história, Tio Agostinho, vivendo nas Quintas das Brotas; Leodovico; Tio Beneditino; Joaquim Obitikô, original de Pernambuco; Faustino Dada Adengi, antigo mestre de Bojé. Em Recife também houve babalawos famosos: Vicente Braga (Atêrê Kanyi), seu filho Joaquim (Aro Moxégilema), Cassiano da Costa (Adulendju), João de Almeida (Gogosara), seu filho, Cláudio (Bangboshê ou Oya-di-pe); João da Costa (Ewé Turo, Osso Odubaladje), Tio Lino (Abeleiboja), José Bagatinha (Ogunbii), enfim, Alanderobê e outros; donde que se tem conhecimento foram os últimos babalawos.

Pierre Edouard Leopold Verger, fotógrafo francês que veio para o Brasil em 1946 foi também iniciado em Ifá na África como Awófãn e Ketu (Daomé), em 1953, tornando-se Fatumbi, "renascido em Ifá". Profundo estudioso e conhecedor das culturas e religiões tradicionais africanas e religiões afro-brasileiras, Pierre Verger é autor de inúmeras obras de referência sobre o assunto, foi um fotógrafo e etnólogo autodidata franco-brasileiro. Assumiu o nome religioso Fatumbi e que dedicou a maior parte de sua vida ao estudo da diáspora africana - o comércio de escravo, as religiões afro-derivadas do novo mundo, e os fluxos culturais e econômicos resultando de e para a África.

Outro Sacerdote, dedicado ao Merindilogun e muito respeitado foi o professor Agenor Miranda Rocha, angolano de nascimento. Iniciado aos 5 anos de idade por Mãe Aninha, iyalorixá fundadora dos Terreiros Ilê Axé Opô Afonjá de Salvador e do Rio de Janeiro. Pai Angenor vivia no Rio de Janeiro, trabalhando como professor. Foi autor de muitos livros importantes para a compreensão do Oráculo de Ifá no país.

Agenor Miranda Rocha, o Pai Agenor, (Luanda, Angola, 8 de setembro de 1907 — Rio de Janeiro, 17 de julho de 2004) foi um babalorixá do Candomblé. Era professor catedrático aposentado do Colégio Pedro II, estudioso e adivinho do candomblé, o brasileiro que mais conheceu a herança e a cultura afro-brasileira.

Renascimento

Até o que se têm conhecimentos a partir da década de 90, com a vinda de babalawos africanos e cubanos, houve um renascimento do culto de Ifá no Brasil. Em 22 de março de 1992 consagrou-se o primeiro "Barco" de Ifá no Rio de Janeiro, na periferia de Zona Oeste Bairro Campo Grande, pelas tradições de Cuba, pelo babalawo cubano Awó ni Orunmilá Ifá By Omó Odu Ogunda Kete Rafael Zamora Diaz. Seus integrantes eram Lúcia Petrocelli Martins, tendo recebido o cargo de primeira Iyápetebi ni Orúnmilá Omó Odu Ogbe-Yono no Brasil pelas tradições de Cuba, seu esposo Adilsom de Oxalá (Adilsom Antônio Martins), Awó Fakan Ogbe-Bara – atualmente Babalawo Ifáleke Awó ni Orúnmilá Omó Odu Ogbe-Bara, José Roberto de Souza (Awó Fakan Iwori-Otura), Claudemiro Barbosa Costa Filho (Awó Fakan Otura-Ojuane), Alberto Chamarelli Filho (Awó Fakan Obara-Kana) atualmente Babalawo Ifáladê Awó ni Orúnmilá Omó Odu Odisá, Roger Candido de Oliveira (Awó Fakan Osa-Irete) e Alexandre Araújo Cavalcante (Awó Fakan Otura-Bara).

Todos consagrados pela liturgia Cubana, pelo Babalawo Rafael Zamora Dias Oni Shangô Obá koin, Awó ni Orunmilá Ifá By Omó Odu Ogunda kete, consagrando logo seguida em Cuba o primeiro babalawo, em 21 de agosto de 1992, o brasileiro Alberto Chamarelli Filho, Omó Shangô Àláàfin Oyó, Awó Ni Òrúnmilá Ifá Ladê, Omó Odu Odisá Odiso.

Hoje já existem muitos babalawos iniciados em Cuba e no Brasil, outros tiveram que viajar para a África para se iniciarem e com isto originando um interesse renovado pelo Culto de Ifá no Brasil. Recentemente se tem notícia de babalawos Africanos e Cubanos que vieram para o Brasil com a finalidade de abertura de casas Templo do Culto de Ifá. Adilson de Oxalá, Adilsom Antônio Martins Awó Omó Odu Ogbebara, brasileiro, foi iniciado como consta acima Awófakan pelo Babalawo Cubano, Rafael Zamora Diaz Ogunda Kete, que criou o grupo msn-[1] e Adilsom de Oxalá, atualmente Awó Ni Orúnmilá Ifáleke Omó Odu Ogbe-Bara, fundou o Grupo MSN Obi Ordem Brasileira de Ifá[2]

Adilson de Oxalá, publicou inúmeros livros sobre Ifá, sendo o mais conhecido: Igbadu a Cabaça da Existência, Lendas de Exu, 666 Ebós e muitos outros no prelo. Tendo realizado plenamente a sua iniciação intelectual, Adilsom Antônio Martins, iniciou-se como babalawo pelas mãos do Sacerdote africano Babalawo Adisa Arogundade Adekunle, passando a usar seu nome iniciático: Babalawo Ifáleke Awó Ni Orunmilá Omó Odu Ogbebara.